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Brasões
Brasões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

 

Os Brasões dos Papas são uma insígnia e um símbolo oficial do pontificado de cada Papa, que tem seu próprio brasão pessoal. O primeiro Papa cujo brasão é confirmadamente conhecido é Inocêncio III (1198-1216). Os brasões papais aparecem de fato em obras de arquitetura, publicações, decretos e documentos de vários tipos.

Com frequência os Papas adotavam o brasão da própria família caso existisse, ou compunham um brasão com simbolismos que indicavam um próprio ideal de vida, ou uma referência a fatos passados, ou a elementos relacionados com seu objetivo como Sumo Pontífice. Por vezes acrescentavam algumas variantes ao brasão que tinham adotado como Bispos .

Todos os brasões pontifícios continham a imagem da tiara papal, sendo representada como branca e com duas faixas vermelhas atrás, chamadas ínfulas. Porém Bento XVI mudou a simbologia de seu brasão, personalizado-o e utilizando a mitra e a toalha de altar em vez da tiara (ver Brasão de Bento XVI). Os brasões papais também são tradicionalmente caracterizados por possuírem as chaves do céu, uma chave de ouro e prata, representando o poder de desligar e ligar a terra (de prata) e o céu (ouro). Trata-se de uma referência ao evento conhecido como Confissão de Pedro, quando as famosas palavras seguintes foram ditas:

«Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja; e as portas do Hades não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus: o que ligares sobre a terra, será ligado nos céus; e o que desligares sobre a terra, será desligado nos céus.» (Mateus 18:19)

Assim, em heráldica eclesiástica, as chaves simbolizam a autoridade espiritual do Papa como o Vigário de Cristo na Terra. O brasão papal muitas vezes é representado com anjos ao redor.

História

Na Idade Média, os brasões tornaram-se de uso comum para a nobreza, e também foi-se desenvolvendo uma heráldica civil. Paralelamente, também para o clero se formou uma heráldica eclesiástica. Ela segue as regras da civil para a composição e a definição do brasão, mas possui símbolos e insígnias de caráter religioso, segundo os graus da Ordem sacra, da jurisdição e da dignidade. Desde o século XII, os Papas possuem seu próprio brasão pessoal, além dos simbolismos próprios da Santa Sé .

 

 

São Pedro foi representado logo no século V segurando as chaves do céu. Como a Igreja Católica considera-o o primeiro papa, as chaves foram adotadas como um emblema papal, e aparecem pela primeira vez dessa maneira no século XIII. Duas chaves perpendiculares eram frequentemente usadas em moedas, mas no início do século XV foram usadas para representar a Basílica de São Pedro. As chaves perpendiculares apareceram pela última vez no escudo do papado em 1555, posteriormente são usadas exclusivamente duas chaves cruzadas, de ouro e prata, com a chave de ouro colocada na esquerda e a de prata na direita, sobre as armas pessoais do papa, embora duas chaves de prata e duas de ouro tenham sido usadas no final do século XVI. As chaves como um símbolo de São Pedro podem ser encontradas em muitas representações artísticas do Santo e em outros brasões, como o brasão de armas do Príncipe- Arcebispo de Bremen, que exibia duas chaves cruzadas de prata, pois São Pedro é o padroeiro da catedral arcebispal de Bremian.

A Tiara papal ou triregnum é a coroa de três camadas usada pelo Papa, sendo encontrada primeiramente como um emblema independente no século XIII, embora na época com apenas uma coroa. No século XV, a tiara foi combinada com as chaves do escudo papal. A tiara e as chaves embaixo dentro de um escudo formam o brasão da Cidade do Vaticano.