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Início

 

 

 

O TESOURO HERÁLDICO DE UM PAÍS
REPRESENTA A ESSÊNCIA DE UM FENÔMENO SOCIAL QUE,
TRANSPOSTO PARA O PLANO DOS SENTIMENTOS,
SE DENOMINA PÁTRIA.
(Szabolcs de Vajay)

 

Pesquisa de Brasões

 

          Para os que procuram brasões familiares, catalogamos alguns já consagrados que estão na internet, elaborados e registrados de acordo com a simbologia e as regras da Heráldica. Aqui você encontrará brasões de sobrenomes germânicos, italianos, espanhóis, franceses, ingleses, irlandeses, russos, e principalmente os brasões de origem portuguesa, registrados no Armorial Lusitano, e outros.

 

 

 

 

BRASÕES E ESCUDOS

 

A palavra brasão vem do alemão arcaico Brazen e significa "tocar trombetas", de fato, os arautos antes de lerem os decretos tocavam trombetas com bandeirolas blasonadas para chamar a atenção dos passantes. Na idade média (476-1453), os heraldistas (heraldos) eram as pessoas que dirigiam os torneios e examinavam a qualidade dos cavaleiros que, por sua vez, usavam o brasão de armas no qual figuravam os símbolos de sua nobreza. Costuma-se associar os brasões com pedantismo, mas não é assim. Muitos brasões se originaram da gravura da casa ou do estabelecimento comercial do portador: na Idade Média, a maioria da população não sabia ler, então os comerciantes marcavam com gravuras os seus armazéns, tavernas, estalagens e hospedarias, com a finalidade de torná-los facilmente identificáveis para os clientes sem instrução. E também as casas tinham a marca de identificação acima da porta. Esta marca era a identificação das pessoas que moravam na casa e com ela era marcado o gado de sua propriedade e as lápides dos túmulos dos seus falecidos.O costume de dar nomes a casas surgiu principalmente nas áreas rurais e nas aldeias. Os nomes eram o único identificador exclusivo de um imóvel. A utilização de nomes em casas nasceu da necessidade de definir uma propriedade, casa ou fazenda, definindo o posicionamento (a demarcação do lugar), em uma época em que não havia registro de imóveis nem ruas definidas que justificassem o uso de números nas casas. Isso foi importante para  atribuir determinados direitos e deveres legais, cobrar impostos, localizar pessoas.

 

             Na Alemanha, em quase todas as regiões rurais, os nomes das casas tradicionais ainda está em uso, principalmente nas localidades mais antigas. Nas cidades e nas aldeias, muitas casas ainda têm marcadas em destaque os nomes individuais, que se relaciona aos antigos proprietários com os detalhes dos distintivos. Ao longo das gerações, os nomes da casa foram sendo transmitidos oralmente, portanto, muitos nomes ficaram incompreensíveis ou engraçados. As residências também tinham acima da porta um símbolo relacionado ao nome. Era um sinal ou gravura pintada a mão (como hoje cada casa tem o seu número para facilitar a localização e o endereçamento) e todas as pessoas que nela moravam estavam relacionadas a este sinal. Muitos sobrenomes foram adotados de acordo com tal símbolo. A marca da casa podia ser o desenho de um animal criado pela família (boi, ovelha, porco) ou algo referente ao alimento que cultivava em seus campos (trigo, feijão, cevada) ou a folha de uma árvore que tinha relação com a história da família ou uma ferramenta referente ao ofício das pessoas que nela moravam.

 

         Mais tarde os símbolos das casas e dos comércios evoluíram para os brasões. A dificuldade em se identificar as pessoas numa guerra também contribuiu para o uso dos brasões. Nestes casos o soldado usava o mesmo escudo do burgo ou do nobre para o qual prestava serviço. Portanto não há nenhuma pretensão de se mostrar nobre ou de sangue azul porque nem todos os brasões têm origem nobre.

 

O brasão era, para os antigos da Idade Média, a insígnia, a bandeira da família e, como tal, honrado e transmitido de pai para filho. Com o fim da Idade Média, os brasões deixaram de ser somente elementos de identificação e decoração, passando a ser usado pelas famílias, Os séculos se passaram, os símbolos foram adaptados como insígnias para a nobreza e foram usados não apenas nos escudos, mas em selos para documentos. Depois, os desenhos passaram a ser bordados em certas peças de roupas. Assim, os primeiros responsáveis pela difusão da heráldica, que é o estudo dos símbolos medievais e modernos de identificação de um clã, uma família, uma corporação, uma cidade, uma região ou um país, vieram da serviência aos cavaleiros e dos poucos letrados da Idade Média. Quem pensa que a heráldica é coisa dos antigos, esta muito enganado, os Escudos de Armas de hoje se chamam “logotipos” ou “marcas”  e podem, dependendo do seu dono, ter valor financeiro de grande monta. Hoje é muito comum, algumas pessoas adotarem brasões que não condizem com a sua história de família ou procedência, já que, um brasão espanhol é bem diferente de um alemão. Não se pode errar na leitura de um brasão, pois podemos correr o risco de levar o leitor do mesmo a pensar que você seja descendente de quem não é. O objetivo de Suzique Heráldica é fazer com que seus usuários estejam preparados para se necessário, desenharem seus próprios brasões, pois um brasão pode ser desenhado nos dias de hoje. Deve-se lembrar que em nações não monárquicas o uso dessas insígnias assemelham-se ao uso de qualquer outra marca,  permitindo-se sua utilização desde que não esteja registrado legalmente com alguma restrição, sendo então legítimo o escudo de armas assumidas. Mas para isso existem regras heráldicas que devem ser seguidas rigorosamente.

 

 

 

 

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